GOMES-DE-LIMA, Paulo Roberto. Pedagogia do
movimento, ludicidade e educação escolar e a arte de ensinar de tudo a todos: a
aula como espaço-tempo de educar-se estudando [rodas didáticas - plano de
aulas] – indicativos pedagógicos. In: ______. Um corpo entre outros corpos em movimento:
notas de estudos, pontos de vistas e outros destaques teórico-metodológicos
indicativos para orientações gerais cotidianas em processos terapêuticos e/ou
educativos na didática investigativa para intervenção pedagógica em prática de
ensino. Vitória: O AUTOR, 2012 (maio, 21). (p. 33-35).
“(...).
Reportando-se a inicial destas considerações
educacionais, partindo-se do preceito de que o educando conhece, apreende e se
relaciona com o cotidiano prático, tendo por referência fundamental a
corporificação da experiência vivida (e convivida) entrelaçada ao entusiasmo
gerado pelo contentamento de algo aprendido, emoldurado por atmosfera lúdica e
prazerosa da autorrealização, na base sustentável do ensino-aprendizagem
apresentando-se ilustração da “dinâmica relacional” do par-educativo (O “EU”
EDUCADOR/ O “OUTRO” APRENDIZ/EDUCANDOS EM MOVIMENTO), na seguinte descrição:
1. (CONHECER) - HORIZONTALIDADE TEMÁTICA
INTER-RELACIONAL (PROFESSOR/EMISSOR: O “EU”):
transmissão teórico-prática dos conteúdos curriculares (seta “A”).
2. (APRENDER) - VERTICALIDADE
TEMÁTICA INTRA-RELACIONAL(ALUNO/O OUTRO
CONSIGO MESMO): Auto-conhecimento
e desenvolvimento integral para o desempenho pessoal e social dos conteúdos
curriculares (os conhecimentos passam a incorporar-se ao aluno ) – (Seta “B”).
3. (RELACIONAR-SE) - TRANSVERSALIDADE
TEMÁTICA INTER-RELACIONAL (O “EU” EDUCADOR E
O “OUTRO APRENDIZ” APLICANDO O CONHECIDO-APRENDIDO) - (Seta “AB”).
Outro destaque de merecida ilustração aponta para o
processo de conhecer, apropriar e relacionar-se prático com o cotidiano
educativo, decorrendo em
expressividade corporal interna e comunicações
externas, sustentada no escalonamento do fluxo energético vital que enquanto
processo de natureza orgânica imbrica movimentos sequenciais desde (nível 1) os
processos instintuais (sensitivos), abarcando-se nos impulsos desejantes e emotivos (nível 2)
da vontade, daí, atingindo instâncias superiores (nível 3) da operatividade
intelectiva (cognição, razão) articulando-se com (nível 4) a afetividade
(sentimentos, emoções), e, desses quatro indicadores estabelecendo-se suportes relacionais e
comunicativos com as instâncias (nível 5) da consciência (ingênua ou crítica),
nisto se estabelecendo os níveis de autoformação (vida intrapsíquica) e
heteroformação (socialização/vida interpessoal).
E, desse escalonamento do fluxo energético vital,
entende-se que no conjunto ritmico daquelas duas “instâncias” interoceptivas
iniciais (níveis 1 e 2), e três “instâncias”
proprioceptivas (níveis 3, 4 e 5), configura-se a (nível 6)
espiritualidade do corpo (ecoformação), desenhando-se, assim, o
escalonamento do fluxo energético vital recorrente à expressividade interna e
decorrente comunicação externa do corpo por inteiro, ou seja, a manifestação da
Pessoa em movimento em sua existência biológica, social e cultural a que
se ilustra em seguida.
ILUSTRAÇÃO
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Três Maneiras de Conhecer, Apropriar e
Relacionar-se com Sentidos, Pensamentos e Sentimentos: À Maneira de como se
Expressa e Comunica o Corpo diante dos Mundos da Natureza criadora e da Cultura
que civiliza e humaniza
[Fonte:
Escala sequencial da manifestação interna-externa do agir na comunicação
corporal (GOMES-DE-LIMA, 2001a, 2002d.]
[Observe-se
que as figurações foram desenhadas para orientação do entendimento das crianças
ao praticarem suas atividades corporais em relacionamentos sociáveis,
apropriação de conteúdos e desempenhos corporais habilidosos (GOMES-DE-LIMA,
2011).]
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Eis porque se entende e assume-se que assim, neste
percurso do seu crescimento-desenvolvimento orgânico e socialização, a criança – “esse” ator que brinca nos palcos e
cenários da vida educacional -, é que conhece, aprende e relaciona-se com o
mundo pessoal, social (interpessoal) e intercultural compartilhado.
(...).