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Obras:
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DIMINUTIVOS ENCANTADOSElas e eles passaram (entre choros e sorrisos, insistindo pedacinhos). Mário Quintana, também se dizendo: "Eles passarão, Eu Passarinho", E Eu, no encantamento, andando nessa torrente de paixões (de correria intensa e imensa, por vezes despercebida), (entre tramas insanas e belezas da vida cotidiana) (encantando-me não com as pessoas e as coisas, mas com a vida) vou passandoe chegando, bem devagarzinho! E, "à paisana"! |
ENTROPIAAdemais, entre o devido e o talvez Nascer: nascemos, obra da Natureza e Criação. É a vida que em fogos esplende. Morrer: morremos... verdade insólita e inesperada fatalidade. É o desfazer-se no inesperado que independe. Mudar: nada mais será igual... tudo mudará! É o ciclo do refazer no espaço-tempo que tudo inova, E desprende das amarras que oposto fende. Encenar: nascer, morrer e mudar, para quarta verdade descortinar apenas porque cada um tem suas cenas, seu movimento. Entropia: estar-sendo em quatro quadros, quatro tempos, quatro espaços, enfim, quatro verdades. Ademais, entre o devido e o talvez, "Cometendo erros ate o erro aprender que também o erro tem vez" Ademais, entre o devido e o talvez, Principalmente, dito assim, certamente pensando e justificando, porque: "Não é para levar a nada, pois, quem brinca já chegou." |
TEMPO É QUESTÃO DE PREFERÊNCIA (OU DE ARREPENDIMENDizem haver tempo para tudo: Até mesmo para a falta de tempo. Mas quando ele se faz de palavras ao vento Invento o intento,a cabeça esquento, na paixão me arrebento! Paro e penso ou, talvez, não penso? Indago incessantemente: quanto represento? Se a dor não suportar, por que não, exige todo unguento. Relaxamento, paciência, reflexão. Esquecimento... Oh! Quanto invento no tormento De tal, de bom juízo. Melhor ser do que ter, Esquecer e ser, "pagando pra ver"! |
CIRCOS E HOSPÍCIOSAbrem-se as cortinas do picadeiro (ou, quem sabe que não sabe, fecham-se as portas encadeando-as no cerco demente); e, como o colocou apropriadamente Francisco Mário "Não percam! Não percam! O maior espetáculo da Terra. O povo com seus tentáculos agarrando coisa nenhuma", o que indica somente queo povo vai somente se acostumando com tudo. Ele sabe, mas não devia! E o autor continuando aponta que "Temos todos os vícios, cada qual com seu ofício: se cobrir é circo, se cercar é hospício!" |
MEA CULPA, DO TALVEZOs sábios sabem o que fazem Sábios têm as chaves para irem, assim se pensa? Os loucos não? (mas que diferença!) Eis que, dentre ambos, um dilema de passagem E o que se lhes resta: Aos sábios? Aos loucos? Entre o indevido e talvez quem sabe: Seqüestrarem as chaves? Mas, onde está o chaveiro? ...de resto, de sobra, de troco, o tempo inteiro: "mea culpa": confessável sabatino; e comunhão de auto-engano dominical Já, tão logo, na segunda-feira: de volta a ficar... tudo como d'antes, coisa e tal! (É que a gente se acostuma com tudo... No entanto, não devia!) |
ISTO: CACOS E TRATOS, ATOS E FATOSDo sentimento ao pensamento: Existo porque de início sinto Disso intenso e tão imenso, é que tão logo penso! Existo (porque tanto sinto!) Por isso penso: Insisto! Insistir: sentir e existir entre tramas insanas e belezas cotidianas, vertiginoso e caudaloso rio de acontecimentos e paixões vou desenhando-me entre manacás e camaleões: (dentre duplas flores em cores, odores, calores, amores, dores, clamores...) |
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